Nas últimas semanas, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros Selic, que hoje está a 5,25%. Em consequência disso, as principais instituições financeiras privadas do Brasil também subiram suas taxas de financiamento e crédito imobiliário, em cerca de 0,5 a 1,0 ponto porcentual, chegando perto de 8% ao ano.

Para o advogado especialista no mercado imobiliário e diretor da Faber Magna Investimentos, Robert Furden Jr., ainda assim é uma boa hora para comprar imóveis utilizando de crédito, pois vale lembrar que historicamente as taxas estiveram bem maiores nos últimos anos e que esse aumento, apesar de dificultar, ainda não impacta profundamente o poder de compra.

“Se considerarmos o momento atual, posso dizer que ainda vivemos algo interessante no mercado. É importante ter temperança e considerar todo o período dos últimos vinte anos, vale lembrar que essa taxa de juros, que hoje está na faixa de 5%, já superou a casa dos 20%. Então, ainda é um momento bom para comprar imóvel por meio de financiamento e, apesar do aumento dos bancos, isso ainda não inviabiliza o acesso ao crédito para o consumidor que deseja comprar imóveis”, comenta o especialista.

Para Furden Jr., apesar do aumento da taxa Selic e consequentemente do crédito imobiliário, o impacto está reduzido. Esse encarecimento torna o financiamento mais caro, porém, ao observar o que está por vir no curto prazo, o poder de compra não é profundamente afetado, “É um bom momento para comprar imóvel recorrendo ao financiamento, há ofertas geradas pela crise, mas devemos ficar em estado de alerta e até mesmo acelerar os passos em alguns casos, pois pelas projeções de mercado e indicadores do Banco Central do Brasil, o custo do crédito ficará mais caro nos próximos meses”, complementa.